Anozero: Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra

Anozero: Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra é uma iniciativa proposta pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, organizada em parceria com a Câmara Municipal de Coimbra e a Universidade de Coimbra, que assume como objetivo primordial promover uma reflexão sobre a recente possibilidade de classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.

Surgindo como tentativa de compreensão do significado simbólico e efetivo desta nova realidade da cidade – ser detentora de obras classificadas como Patrimônio Mundial – a bienal propõe um confronto entre arte contemporânea e patrimônio, explorando os riscos e as múltiplas possibilidades associadas a este patrimônio cultural que agora é da Humanidade.

A Anozero é portanto um programa de ação para a cidade que, através de um questionamento sistemático sobre o território em que se inscreve, poderá contribuir para a construção de uma época cultural atuante e transformadora, em Coimbra e na Região Centro.

A primeira edição da bienal Anozero acontece em novembro de 2015 e prevê a realização de um conjunto de iniciativas curatoriais em espaços classificados e outros lugares de relevante valor patrimonial e cultural da cidade de Coimbra.

Para tal, aposta na programação de cerca de 30 atividades delineadas por três áreas de atuação: exposições de arte contemporânea com alguns dos mais relevantes artistas nacionais e internacionais; ações de mediação, sensibilização e formação de públicos para a cultura e as artes através da ação do serviço educativo; programação de atividades paralelas multidisciplinares no contexto da vida artística e cultural contemporânea.

Com o título “Um lance de dados”, a primeira edição do Anozero assenta na ideia da circunstância efémera do mundo. Adotando como mote o poema “Um lance de dados jamais abolirá o acaso” (1897), do poeta simbolista Stéphane Mallarmé, o projeto converge sobre a problemática do transitivo, sobre o ciclo de vida e morte das atividades humanas. Tal como o poema de Mallarmé, esta primeira edição do Anozero escreve-se num jogo de binômios inerentes à condição humana: construção / destruição; efémero / perene; criação / interpretação; possibilidade / impossibilidade; totalidade / fragmento.

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Cita: "Anozero: Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra" 25 Out 2015. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/775782/anozero-bienal-de-arte-contemporanea-de-coimbra> ISSN 0719-8906

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